A costa de Balneário Camboriú, localizada no litoral norte de Santa Catarina, é famosa pela grande quantidade de enormes edifícios, ultrapassando centenas de metros de altura. Na competição dos arranha-céus, a FG Empreendimentos se destaca. Eles são responsáveis pelo edifício mais alto da América Latina, o One Tower, que alcança 290 metros e possui 84 andares.
A empresa, com mais de três décadas de atuação no mercado, possui em seu portfólio outros cinco prédios com mais de 200 metros de altura. Contudo, seu projeto mais ambicioso ainda está por vir: a Triumph Tower, que está prevista para atingir quase 550 metros de altura.
A previsão é que o projeto seja lançado neste segundo semestre, podendo variar de acordo com as condições do mercado. Se tudo der certo, a FG espera que as vendas atinjam R$ 2 bilhões este ano, considerando o Valor Geral de Vendas (VGV). Em 2023, a construtora fechou com um total de R$ 1,28 bilhão em vendas.
Banco e Consultoria FG
"Este é um projeto bem ambicioso e um negócio que vai explodir. Nós já temos contratos assinados e estamos falando com empresas de São Paulo, Paraná e também na América Latina", diz.
A operação foi costurada em sociedade com Fatih Yalniz, vice-presidente de estruturas da WSP e mente por trás de edificações em Nova York, como o One World Trade Center e o 432 Park Avenue.
Nasceu dentro de uma área recém-criada na FG, a diretoria de expansão, com apenas seis meses de vida. É lá também que a holding começa gesta o seu banco digital, o FG Bank. "Eu digo que nós estamos na metade do caminho agora", diz Graciola.
A projeção do empresário é de que o serviço estará operacional no prazo de até dois anos. No plano, está a ambição é atender tanto os clientes da construtoras quantos consumidores finais, como funcionários e fornecedores.
Com a instituição de pé, um dos projetos é chegar ao financiamento dos imóveis em até 360 meses dentro de casa. Atualmente, a FG disponibiliza, no máximo, 120 vezes, com caixa da FG Brasil Holding. O tíquete médio dos imóveis está em R$ 8 milhões.
"Além disso, eu tenho também caixa muito grande, superalto. Eu quero colocar tudo lá dentro, até para poder abrir fundos e começar a trabalhar com esse dinheiro internamente", diz Graciola. Segundo o executivo, a empresa tem uma carteira de recebíveis com cerca de R$ 3,6 bilhões. Além disso, é dona de terrenos que equivalem 3,5 milhões de metros quadrados e com potencial de alcançar um VGV (Volume Geral de Vendas) em torno de R$ 80 bilhões quando construídos.
Os novos negócios estão conectados com o anseio da empresa para dobrar de tamanho nos próximos anos. "O foco é no crescimento, mas sustentável e com desempenho financeiro sustentado. Eu não quero baixar essas margens de lucro líquido, hoje na casa de 34%".